quinta-feira, 21 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
quinta-feira, 31 de maio de 2012
« Poemas a várias vozes »
Poemas de:
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sexta-feira, 25 de maio de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Alberto Caeiro, "É talvez o último dia da minha vida"
É talvez o último dia da minha vida.
É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.
Alberto Caeiro
BRUNO ALVES
É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.
Alberto Caeiro
BRUNO ALVES
Fernando Pessoa "Poema em Linha reta"
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Pedro Silva
João Cesário
Carlos Drummond de Andrade - Infância [Sandro Francisco]
Infância
Meu pai
montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
Lia a história de Robinson Crusoé,
Comprida história que não acaba mais.
No meio-dia
branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - e nunca se
esqueceu
Chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
Café gostoso
Café bom.
Minha mãe
ficava sentada cosendo
Olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... Que fundo!
Lá longe meu
pai campeava
No mato sem fim da fazenda.
E eu não
sabia que minha história
Era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
AUTOR:
Carlos Drummond de Andrade
Sandro Francisco , 1ºOI
Carlos Victor Murillo Claros, "Juventude"
JUVENTUDE
Juventude, você é a vida,
Você é a água pura e límpida
Que corres como o rio e nunca voltas atrás,
Você é o fruto doce da vida,
Que nos traz aquele verão
E logo de repente, vais-te com o inverno,
Você é o começo daquela vida nova,
E morres com o tempo,
Que é tempo e passado,
Passado que é esquecimento.
Juventude, você é do amanhã,
O outono desfolhado, aquelas folhas caídas
Que nunca mais voltam a nascer.
Juventude, você é o passado violento da vida,
Você é a esperança morta de voltar,
Você é a minha vida,
O melhor dos meus momentos,
Você é do amanhã, aquilo que se foi.
Juventude, vida passageira
Você se vai e um grande adeus,
Quisera chorar, não posso,
Tenho ganas de morrer,
Te vi em meus amigos,
Hoje velhos pelo tempo,
Te vi e ainda não acredito
Que nunca volverás.
Juventude, minha vida e minha esperança,
Cavaram já sua fossa,
Que é tempo e é velhice.
Adeus juventude, minha vida,
Adeus meu mundo, adeus
Te foste e nunca mais…
Juventude, você é a vida,
Você é a água pura e límpida
Que corres como o rio e nunca voltas atrás,
Você é o fruto doce da vida,
Que nos traz aquele verão
E logo de repente, vais-te com o inverno,
Você é o começo daquela vida nova,
E morres com o tempo,
Que é tempo e passado,
Passado que é esquecimento.
Juventude, você é do amanhã,
O outono desfolhado, aquelas folhas caídas
Que nunca mais voltam a nascer.
Juventude, você é o passado violento da vida,
Você é a esperança morta de voltar,
Você é a minha vida,
O melhor dos meus momentos,
Você é do amanhã, aquilo que se foi.
Juventude, vida passageira
Você se vai e um grande adeus,
Quisera chorar, não posso,
Tenho ganas de morrer,
Te vi em meus amigos,
Hoje velhos pelo tempo,
Te vi e ainda não acredito
Que nunca volverás.
Juventude, minha vida e minha esperança,
Cavaram já sua fossa,
Que é tempo e é velhice.
Adeus juventude, minha vida,
Adeus meu mundo, adeus
Te foste e nunca mais…
Alessandra Oliveira
Lalau lê os poemas "Infância 1" e "Infância 2"
Infância 1
Chutei bola na chuva,
Roubei laranja, banana,
Goiaba e uva,
Xinguei a professora,
Apanhei dos mais velhos,
Bati nos mais novos,
Quebrei uma duzia de ovos,
Rachei a cabeça,
Cortei o dedo,
Tremi de medo,
Escorreguei na lama,
Fiz xixi na cama,
Soltei pipa,
Esfolei o joelho,
Criei um coelho,
Andei no mato,
Perdi um sapato,
Pesquei na represa,
Ganhei um presente,
Tive dor de dente,
Caí do muro,
Chorei no escuro,
Faltei na escola,
Descobri um tesouro,
Sonhei com besouro,
Libertei passarinho,
Fui uma história em quadrinho.
PESQUISA DE TIAGO SILVA
Carlos Drummond de Andrade, "CONSOLO NA PRAIA"
CONSOLO NA PRAIA
Marcello
Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o 'humour'?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
Marcello
terça-feira, 8 de maio de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Nuno Brito, H2cOde
Ainda a propósito do planeta, Nuno Brito faz aqui música usando a Natureza, sobretudo a Água. Ora vejam:
apontamento musical e histórico II
"Grândola, Vila Morena" é a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos.
A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime salazarista como uma música associada ao Comunismo.
Às zero horas e vinte minutos do dia 25 de abril de 1974, a canção era transmitida na Rádio Renascença, a emissora católica portuguesa, como sinal para confirmar as operações da revolução. Por esse motivo, a ela ficou associada, bem como ao início da Democracia em Portugal.
As fotografias testemunham os momentos da Revolução.
terça-feira, 24 de abril de 2012
apontamento musical e histórico I
Paulo de Carvalho canta "E Depois do Adeus" que foi a canção que serviu
de primeira senha à revolução de 25 de Abril de 1974.
Com a transmissão de "E Depois do Adeus", pelos Emissores Associados de
Lisboa às 22h55m do dia 24 de Abril de 1974, era dada a ordem para as
tropas se prepararem e estarem a postos. O efetivo sinal de saída dos
quartéis, posterior a este, seria a emissão, pela Rádio Renascença, de
"Grândola, Vila Morena" de Zeca Afonso.
A razão da escolha de "E Depois do Adeus" é clara: não tendo conteúdo
político e sendo uma música em voga na altura, não levantaria suspeitas,
podendo a revolução ser cancelada se os líderes do MFA concluíssem que
não havia condições efetivas para a sua realização. A posterior
radiodifusão, na emissora católica, de uma música claramente política de
um autor proscrito daria a certeza aos revoltosos de que já não havia
volta atrás, que a revolução era mesmo para arrancar. (Cf. Wikipédia)
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Dia do Planeta - música da natureza
A propósito do Dia do Planeta (22 de abril), aqui fica uma música gravada com os sons da natureza.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Seleção de imagens do Dia do Agrupamento
Dia do Agrupamento / Dia Aberto / Feira Medieval no Agrupamento de Escolas Professor Lindley Cintra (23 de março de 2012).
sexta-feira, 13 de abril de 2012
sábado, 24 de março de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Sol da meia noite
O sol da meia noite é um fenómeno natural que ocorre no verão no pólo norte. Na Islândia, por exemplo, o fenómeno é bastante significativo:
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Corta com a Violência: Quem não te respeita não te merece
A APAV lançou a campanha “Corta com a Violência: quem não te respeita não te merece”. O objectivo da campanha é sensibilizar, em particular os mais jovens, para algumas formas de violência que têm lugar no contexto escolar, designadamente o bullying, a violência sexual e a violência no namoro, através de uma abordagem preventiva e simples que não se limita a evidenciar factos mas que promove a atitude "quem não me respeita não me merece".
Por outro lado, procura chamar-se a atenção para formas de violência mais subtis e frequentemente menos valorizadas, não apenas pelos jovens mas também pela comunidade em geral: o gozo, a humilhação e a intimidação, os comentários e toques de natureza sexual e as atitudes controladoras nos relacionamentos de namoro. Ainda que usualmente menos graves em termos de impacto físico, sabemos que a utilização e tolerância a estes comportamentos podem preceder a ocorrência de atos de violência mais graves.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
sábado, 28 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
sábado, 14 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
SIC, "o quarto poder"
Convencionou-se chamar a comunicação social de quarto poder... vai daí, a SIC decidiu fazer um spot sobre esse "quarto poder". E vejam como é muito bom!
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